O comum existir

A cada uma das paixões um blog, onde escrevo o que bem poderiam ser cartas de amor. Amor literário, mas amor em qualquer caso, aquela devoção de leitor apaixonado.
De há muito que fui reunindo, um a um, os livros da Irene Lisboa. Alguns já em alfarrabista, em mau estado, daqueles que se não encontram.
Hoje, ao ler «Esta Cidade», um livro que ela escreveu em 1942, decidi-me a reservar-lhe este espaço.
Irene do Céu Vieira Lisboa nasceu em 1892, faleceu em 1958. Usou o tempo de vida, a trabalhar como professora e a escrever sob o seu nome, como Manuel Soares, João Falco e Maria Moira uma obra hoje quase esquecida.

A sua obra essencial é esta:

* Treze contarelos (publicada em 1926).

* Um Dia e Outro Dia... _ Diário de Uma Mulher (poesia) (sob pseudónimo João Falco) (publicada em 1936).

* Outono Havia de Vir (poesia) (sob pseudónimo João Falco) (publicada em 1937).

* Solidão: Notas do Punho de Uma Mulher (poesia) (sob pseudónimo João Falco) (publicada em 1939).

* Fôlhas Volantes (poesia) (sob pseudónimo João Falco) (publicada em 1940)

* Esta Cidade! (contos, Irene Lisboa [João Falco], (publicada em 1942).

* Apontamentos (publicada em 1943).

* Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma (contos) (publicada em 1955).

* Voltar Atrás para Quê? (novela) (publicada em 1956).

*O Pouco e o Muito. (1956)

* Título Qualquer Serve (novela) (publicada em 1958).

* Queres ouvir? Eu Conto _ Histórias para Maiores e mais Pequeninos (publicada em 1958).

* Crónicas da Serra (publicada em 1958).

* Solidão II (prosa) (publicada em 1966).

* Versos Amargos (publicada em 1991).

É uma literatura do comum existir, uma escrita de uma extraordinária existência.