Arrebatamentos


«No convento onde fui internada aos seis anos, as coisas passavam-se de um outro modo. Lá não havia passeios nem liberdades, tudo era triste. Tanto assim que as férias me davam arrebatamentos. Foi para entrar no convento que me baptizaram. Sem filiação e com o sobrenome de ... Céu. Porque fui eu do Céu? Nunca o soube». Eis, contada no livro «Começa uma vida» a infância de Irene do Céu Vieira Lisboa. A obra é ilustrada com desenhos de Maria Keil do Amaral. Fui encontrar este, uma menina pela mão de seu pai. Ser órfão é muitas vezes ser-se feliz.